Termogênicos: os queimadores de gorduras


Fundamentalmente existem somente dois caminhos para o controle do peso: reduzir a energia ingerida, ou seja, controlar a alimentação, ou aumentar o gasto calórico, por meio de exercícios físicos e outras atividades.
Pode parecer contraditório, mas comer queima caloria. É necessário, é claro, ingerir alimentos específicos, que exerçam essa função no organismo. São os chamados termogênicos: substâncias que têm a capacidade de acelerar o metabolismo, promovendo queima maior de calorias e reduzindo o apetite. Por isso, essas substâncias são conhecidas como queimadoras de gordura, uma vez que são úteis na sua metabolização, transformando-as em energia.

Alimentos termogênicos possuem um efeito térmico ou de termogênese, que induz o corpo a gastar certa quantidade de energia durante o processo digestivo. A ação termogênica significa a propriedade de transformar nutrientes em energia, principalmente as calorias provenientes da gordura corporal. Estas características favorecem não só quem quer perder peso, mas auxiliam nos casos de falta de energia.
Os termogênicos otimizam o metabolismo para que a pessoa tenha uma
maior queima calórica ao longo do dia, mesmo durante o descanso (metabolismo basal), não permitindo depósitos de outras reservas de gordura.
Para entender o que são e como agem os termogênicos é necessário entender o que é o metabolismo. Metabolismo é o conjunto de reações químicas que as substâncias sofrem no interior dos organismos vivos para mantê-los funcionando. Ou seja: é a quantidade de calorias que o corpo queima para se manter ativo.
A velocidade na qual o corpo queima essas calorias é chamada de “taxa metabólica”, que é determinada basicamente por fatores genéticos. Metabolismo lento significa que o organismo reserva as gorduras e vai queimando-as aos poucos, o que resulta em dificuldade para emagrecer. Já um metabolismo rápido, comum a poucas pessoas, resulta em melhor aproveitamento energético das substâncias ingeridas, o que ocasiona facilidade para emagrecer, ou até mesmo uma dificuldade em manter-se com o peso ideal.
Segundo a nutricionista da Nutrilatina, Dra. Daniella Tolari, os termogênicos aceleram o metabolismo, pois promovem a elevação de cerca de 1 grau na temperatura corporal. “As vantagens para quem utiliza os termogênicos são várias. As pessoas melhoram o desempenho na atividade física, reduzem a massa corpórea e as gorduras acabam sendo queimadas. Recomendo para as pessoas que buscam perder gordura ou que pretendem definir melhor os grupos musculares”, aconselha Dra. Daniella.
Há vários produtos termogênicos disponíveis no mercado. Alguns são compostos por vários ingredientes termogênicos, os chamados queimadores completos. Já outros produtos são constituídos de um único elemento específico.

Conheça alguns agentes termogênicos:

Queimadores completos: produtos contendo um conjunto de ingredientes termogênicos que agem em sinergia para melhores resultados. Esse MIX de ingredientes é muito comum na maioria dos suplementos alimentares para emagrecimento disponíveis no mercado.
Chá Verde: O chá verde é rico em substâncias antioxidantes. Em sua composição também pode ser encontrado nutrientes que diminuem o colesterol ruim e, ainda, fortalecem o sistema circulatório, prevenindo doenças. O chá verde é usado como emagrecedor por ser diurético e um laxante natural. Hoje, o chá verde pode ser encontrado em lojas de suplementos e de produtos naturais, em cápsulas, facilitando o seu consumo. O chá verde constitui sua formula, na maioria das vezes, em catequinas que agem em sinergia com a cafeína, que tem sido relacionado com a melhora do condicionamento físico de endurance, ou seja, melhora a capacidade de execução dos exercícios e retarda a fadiga muscular. Os efeitos do chá verde na gordura armazenada no corpo são percebidos na redução digestiva e no aumento da termogênese no tecido adiposo marrom, por ativação do beta-adrenoceptor.
Cafeína: A cafeína tem excelentes propriedades termogênicas e, por conta disso, é encontrada na maioria dos emagrecedores. Sua função é quebrar e mobilizar a gordura, fazendo com que o corpo utilize-a como energia. Outra função muito conhecida da cafeína é aumentar os estímulos e evitar a fadiga muscular durante as atividades físicas.
Guaraná: O guaraná é rico em cafeína e é um dos termogênicos mais consumidos. É um ótimo aliado para a queima de gordura e aumenta a resistência nos esforços mentais e musculares.
Taurina: A Taurina é comumente encontrada em bebidas energéticas. Ela intensifica os efeitos da insulina, sendo responsável por um melhor funcionamento do metabolismo de glicose e aminoácidos, podendo, inclusive, auxiliar o anabolismo. A Taurina combate também o catabolismo muscular.
Outras substâncias termogênicas ainda incluem pimenta vermelha, mostarda, gengibre, vinagre de maçã, acelga, aspargos, couve, brócolis, laranja, kiwi, linhaça e até mesmo água gelada.



Fonte: revista suplementação.


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DIFERENÇA ENTRE MALTO X DEXTROSE


Chega de mitos e teorias malucas sobre malto e dextrose. Todos os conceitos infundados sobre estes dois suplementos vão ser enterrados com este artigo.

O que é Dextrose ?
A dextrose, mais conhecida como glicose, é a fonte principal de energia do corpo. A dextrose é quimicamente considerada um carboidrato simples. Ela é o açúcar principal que o corpo produz. O corpo produz glicose a partir dos 3 elementos dos alimentos: a proteína, a gordura e o carboidrato. Porém a maior parte é do carboidrato. A dextrose, por ser um carboidrato simples com o alto índice glicêmico de 100 no ranking, é digerida rapidamente, o que estimula a liberação da insulina.

O que é Maltodextrina ?
Maltodextrina é um carboidrato complexo. A maltodextrina contém polímeros de dextrose/glicose, compostos de açúcar unidos que são mais fácil para o corpo assimilar e usar.

Dextrose vs. Maltodextrina
Uma discussão interminável que pode ser explicada em tão poucas linhas. Eu acho que faz parte da natureza humana complicar as coisas.

Digestão - Apesar da Maltodextrina ser um carboidrato complexo, você não precisa se deixar levar por isso. A união dos compostos que formam a maltodextrina e a tornam um carboidrato “complexo” são fracos e extremamente simples o que faz com que a digestão dela seja somente um pouco mais lenta que a Dextrose.

Índice Glicêmico - Qualquer entusiasta de fisiculturismo sabe que quanto maior o índice glicêmico do carboidrato maior vai ser o pico de insulina. Quanto maior o pico de insulina, maior vai ser o transporte de nutrientes para dentro das células, como proteína, creatina, glutamina, bcaas, entre outros nutrientes(por isso malto e dextrose são utilizados no pós-treino, junto de whey, creatina, etc). De uma forma simples, o índice glicêmico é um sistema numérico que indica como um carboidrato eleva a glicose no sangue e consequentemente a insulina, no qual a dextrose tem o valor de 111 contra 105 da Maltodextrin. A maltodextrina pode gerar um pico de insulina quase tão alto como a Dextrose.

Conclusão
Como você mesmo leu, as principais “diferenças” entre malto e dextrose, são mínimas, o mesmo podemos dizer para o preço das duas. Se o seu objetivo for usar dextrose ou malto para a reposição de glicogênio perdida durante o treino e elevação da insulina para aumentar a absorção de outros nutrientes como proteína, tanto uma como outra vai conseguir fazer o trabalho com eficácia, mas se você não sabe com qual delas você tem melhores resultados, faça como a maioria dos fisiculturistas fazem, prepare uma dose com 50% de dextrose e 50% de malto e os seus problemas estarão resolvidos.

Referências:
1. Duchman, S.M., et al. Upper limit for intestinal absorption of a dilute glucose solution in men at rest. Med. Sci. Sports Exercise 29: 482,1997.
2. Seiple, R.S., et al.: Gastric-emptying characteristics of two glucose polymer-electrolyte solutions. Med. Sci. Sports Exerc., 15:366, 1983.
3. http://www.glycemicindex.com/

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OITO MOTIVOS PARA VOCÊ BEBER MAIS ÁGUA


Ela é sinônimo de vida – não é à toa que uma das grandes preocupações do momento é a preservação desse  líquido cada dia mais precioso. Economizar água é palavra de ordem da nossa era. Só não vale para um caso:  hidratar seu corpo.

Para ajudá-la a manter a corpo e a saúde em dia, destacamos oito motivos que fazem da água uma das suas  melhores amigas.

1 – Facilita a Digestão
A água ajuda na formação de enzimas (substâncias que facilitam as reações químicas no organismo) e  também da saliva e do suco gástrico, que atuam na digestão.

2 – Combate o Inchaço
Sem uma hidratação adequada, o volume de sangue diminui. Assim, as vitaminas e os minerais que ele  carrega demoram mais tempo para chegar às células e, conseqüentemente, na pele e nas extremidades como  cabelo e unhas. Por outro lado, bem hidratada, sua pele fica bonita e seu cabelo e unhas fortes. Além disso,  com uma boa irrigação, o organismo não retém sódio – responsável pelo inchaço.

3 – Reduz Infecções
Ao se manter hidratada, você assegura que seu corpo será bem nutrido pelo sangue. É ele também que transporta minerais, como o ferro – importante para fortalecer as defesas do organismo.







4 – Regula a Temperatura
Por meio da transpirraçãoo, a água evita que o organismo entre em colapso com alterações bruscas de temperatura e faz com que ele se adapte ao ambiente.



5 – Turbina a Performance na Malhação
O melhor desempenho em atividades físicas ocorre porque as fibras musculares “ficam azeitadas”, deslizando com mais facilidade, o que reduz o risco de cãibras e de contusões.

6 – Desintoxica e Previne a Celulite
Grande parte das toxinas é expulsa do nosso organismo por meio da urina e do suor. Por dia, eliminamos 1 litro e meio de urina e o equivalente a um copo de água na transpiração. Se não houver hidratação suficiente, esse processo – e a sua saúde! – fica comprometido. A água amolece as fezes, facilitando a eliminação delas. Todo esse conjunto, aliado à melhora na circulação sanguínea, acaba prevenindo o aparecimento de celulite.




7 – Ajuda a Emagrecer
Isso acontece principalmente quando ela é consumida junto com fibras solúveis, encontradas, por exemplo, nas frutas e na aveia. Em contato com a água, as fibras incham como uma esponja e dão sensação de saciedade. A água também pode “enganar” temporariamente o estômago com sua presença, mas, como ela não sofre digestão e absorção, essa sensação passa rapidamente e a fome reaparece.

8 – Melhora a Absorção dos Nutrientes
Vale lembrar que é o sangue que carrega a glicose e outros nutrientes para as células, alimentando-as. E só uma hidratação adequada garante o volume ideal de sangue para transportar os nutrientes. Além disso, para serem absorvidos, eles precisam da água. É o caso das vitaminas C e do complexo B, que reforçam nossas defesas.

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CRIOTERAPIA - A TERAPIA DO GELO


O uso do gelo como terapia já existe há muito tempo e é largamente utilizado na reabilitação esportiva e/ou em qualquer trauma, mas para que ela seja efetiva temos que realizar a execução correta, pois, assim como os remédios, a crioterapia também tem que ter dose certa.




Quando ocorre a lesão aguda, ou seja, um trauma direto, uma torção, uma distensão, imediatamente coloque gelo no local, se possível antes dos primeiros 10 minutos pós-lesão, para evitar as reações de hipoxia secundária e aumento do edema; neste caso o gelo atua como controlador da inflamação e do edema. Permaneça por 20 minutos em uma confortável posição de drenagem e repita o procedimento de 2 em 2 horas.

E em uma lesão crônica, gelo ou calor? Depende. O gelo é um excelente analgésico, diminui o metabolismo da lesão e pode ser usado sempre que temos a dor como sintoma. No caso da lesão crônica, aquela que persiste por mais de 20 dias, podemos tentar o que mais alivia. Por experiência com meus atletas, parece ser o gelo mais eficaz na eliminação da dor nos tendões e articulações e o calor no músculo. Sempre pode haver uma agudização da lesão crônica, neste caso é imperativo voltar para o gelo.
Regras Básicas:
1 - apenas utilize gelo em pedra ou gelo gel pronto (adquire-se em farmácias e similares), nunca use com sal ou ainda recipientes prontos para gelar cerveja, pois a temperatura baixa muito e necrosa a pele.



2 - sempre fazer o gelo em repouso. Não coloque gelo e saia a passear para aproveitar o tempo. A intenção é diminuir o metabolismo, portanto tem que estar em repouso.
3 - realize a técnica em drenagem e com compressão (com uma atadura elástica); caso a lesão seja na perna, fique deitado com a perna acima do coração e apoiada. No ombro cotovelo ou mão deixe o braço apoiado confortavelmente com uma leve abertura do ombro.
4 - não use o gelo direto na pele, mesmo o gel. Utilize uma proteção de tecido, uma sugestão é usar aqueles saquinhos em que vêm sapatos. Gelo queima e atrapalha na recuperação.
5 - fique de 20 a 30 minutos com o gelo e não ultrapasse este tempo, após a aplicação movimente a região, ativa e lentamente.
6 - em lesões agudas repita a aplicação a cada 2 horas por 3 dias, em lesões crônicas 3 x ao dia é o suficiente.
7 - nunca aplique gelo antes da atividade física ou no meio dela. Deve-se fazer após atividade de preferência após o banho e dos alongamentos, mas dentro da primeira hora. Isto faz muita diferença.




Mas também há Contra-Indicações do uso do gelo. A crioterapia deve ser aplicada com cautela em indivíduo com hipersensibilidade ao frio, circulação defeituosa e doenças termorregulatórias. Se após essas considerações a crioterapia for o tratamento escolha desses pacientes, monitoramentos próximos da resposta e ajuste apropriado aos parâmetros de tratamento são necessários. Diminuindo a duração e ajustando a intensidade da aplicação, podemos produzir os efeitos desejados sem provocar reações adversas. Pacientes portadores de doenças como Fenômeno de Raynaud, Gota, entre outras, devem evitar o uso do gelo.

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AERÓBICOS EM JEJUM: Fazer ou não fazer?



Em 3 posts, colocarei bem explicado tudo sobre queimar gordura muito mais rapido, com resultados em até 2 semans.


“A gordura queima na fogueira dos carboidratos”! Quem nunca leu esta expressão em alguns livros ou ouviu de alguns professores, mestres e doutores referindo-se a ineficiência de realizar aerobiose em jejum? De uma forma geral, eles afirmam que a oxidação de lipídios só ocorre na presença de glicose. Após um período de jejum de aproximadamente 7-9 horas, segundo eles, não adianta realizar uma atividade aeróbica moderada para potencializar a lipólise, pois a reserva de glicogênio apresenta-se insuficiente para tal processo.


Em nossa experiência prescrevendo exatamente a atividade aeróbia em jejum durante quase duas década observamos justamente o contrário. Vale ressaltar que não é apenas a prática que corrobora a maior oxidação de gorduras quando o aeróbico é realizado em jejum. O pesquisador sueco Torbjorn Akerfeldt aponta ser possível solicitar três vezes mais gordura se exercitando pela manhã, em jejum, comparado à mesma atividade promovida no período da tarde após as refeições. Akerfeldt ainda recomenda pelo menos seis horas em jejum antes da atividade. Nessa situação, acredita Akerfeldt, que o organismo não tenha muito glicogênio estocado para ser solicitado como fonte de energia, ou seja, teria que ir direto aos depósitos de gordura para fornecimento de energia para que se possa completar a atividade.

Desde a publicação de seus estudos na renomada, mas extinta Revista norte americana Muscle Midia, no início da década de 1990, utilizamos sua proposta baseando-nos na tentativa com diversos atletas do bodybuilding internacional com sucesso. Nessa época estávamos no interior do maior templo do bodybuilding radical, nada menos do que a Temple Gym em Birmingham no Reino Unido. Muito embora não sedimentado em estudos conclusivos nessa época, nos foi muito eficiente a estratégia. Devem imaginar a estranhes que nos causou presunções opostas a efetividade de tal prática! Porém alguns estudos animadores vêm sedimentando nossas experiências.


No estado alimentado, a fonte predominante de energia é a reserva de glicogênio hepático e muscular, e a maior participação dos lipídios ocorre somente após 20-25 minutos de atividade. As proteínas, por meio da via proteolítica, são responsáveis por apenas 5-15% do fornecimento de energia neste processo. Já no estado de jejum, devido à baixa reserva de glicogênio e conseqüente reduzida participação da via glicolítica, a fonte predominante de energia são as gorduras, por meio da beta-oxidação, ou seja, os triglicerídeos são quebrados em glicerol e ácidos graxos e este último é convertido em Acetil CoA para posterior entrada no ciclo de Krebs e oxidação (CHAMPE, HARVEY, FERRIER, 1996). A literatura científica comprova que durante o aeróbio em jejum a presença de glicerol e ácidos graxos livres no sangue é significativamente maior do que no estado alimentado, reflexo da maior participação de gorduras (BOCK, RICHTER, RUSSEL et al, 2005; PACY, BARTON, WEBSTER, GARROW, 1985).

No jejum, a participação das proteínas se mantém entre 5-15% no processo de geração de energia, ou seja, o catabolismo muscular não é intenso desde que você não exagere no tempo e utilize alguns suplementos anti-catabólicos a fim de reduzir a proteólise.

Torbjorn relatou em seus experimentos que a proteína degradada diminuiu ao invés de aumentar durante a aerobiose em jejum. Em outras palavras, não se experimenta catabolismo muscular, mesmo em jejum. Em decorrência da grande utilização de ácidos graxos como fonte de energia no aeróbio em jejum. Segundo Champe e colaboradores (1996), ocorre um aumento significativo na produção de corpos cetônicos, responsáveis pela acidose sanguínea e conseqüente queda no rendimento, além de toxicidade quando presente em grandes quantidades.


O objetivo do aeróbico em jejum não é melhora de rendimento e sim maior queima de gorduras.

É importante salientar que sempre aconselhamos, mesmo para atletas confirmados, a introduzirem a aerobiose em jejum progressivamente, pois nem todas as pessoas se adaptam facilmente a atividades com essa natureza. Em estado de repouso, o organismo pode se adaptar ao jejum com certa facilidade, mas durante exercícios, a situação pode não ser tão simples. Muitas pessoas não conseguem se adaptar de forma eficiente à aerobiose em jejum e podem até desmaiar, reação de defesa do organismo que pode provocar danos neurais (AUER, 1983; DE COURTEN-MEYERS et al., 2000). Portanto, muito cuidado ao introduzir esse tipo de proposta. Normalmente, recomendamos para indivíduos aparentemente saudáveis, iniciar com um tempo de execução em torno de oito a 10 minutos, adicionando mais dois minutos a cada duas sessões até chegar a um período de 20 a 40 minutos de atividade.

Mas afinal, qual a relação da expressão “A gordura queima na fogueira dos carboidratos?”

No interior do ciclo de Krebs, existe um intermediário denominado oxalacetato, que é um dos responsáveis pelo funcionamento adequado do ciclo e oxidação do metabólito. A glicose é o principal precursor deste intermediário, ou seja, quando as reservas de glicogênio estão reduzidas a sua produção fica comprometida e o ciclo não “gira” com perfeição, não oxidando as gorduras de uma forma eficaz segundo alguns doutores. Informamos aos desinformados que a glicose não é o único precursor do oxalacetato, a via proteolítica também tem participação em menor grau (CURI, LAGRANHA, 2003). Além disso, nosso organismo é inteligente o suficiente para deixar reservada uma quantidade suficiente de glicose nas reservas corporais para atividade importantes, ou seja, a glicose ainda participará da produção deste intermediário, em menor grau é claro. Esta menor produção de oxalacetato causará uma queda de rendimento do indivíduo, mas ressaltamos novamente: o objetivo não é rendimento, e sim a oxidação de gorduras.

Algumas dicas importantes nesta atividade referem-se à utilização de algum termogênico antes do aeróbico a fim de potencializar a lipólise, a ingestão de 500 ml de água para prevenir desidratação, pois a água drena fluidos para dentro da célula e evita a quebra protéica; e a administração de aminoácidos de cadeia ramificada anteriormente com o objetivo de diminuir o catabolismo protéico e a espera de 20-30 minutos para realizar a primeira refeição do dia após esta atividade, pois o organismo continua a utilizar ácidos graxos após o exercício durante este tempo.

Destaca-se ainda que outro horário satisfatório para a inclusão de trabalho aeróbio efetivo para queima de gordura seria imediatamente após a sessão de treino com pesos. Após um treino com sobrecargas, que irá variar de acordo com os grupos musculares treinados, entre 30 e 40 minutos, costuma-se aproveitar o tempo que falta para completar uma hora ou uma hora e pouco, em um cicloergômetro qualquer. Nessa atividade extra já haveria uma solicitação lipídica maior, porque glicogênio já fora requerido em quantidade expressiva na atividade com pesos. Salientamos que essa estratégia não é utilizada no período off season, a não ser que a pessoa esteja concentrando mais gordura corporal do que o esperado nessa fase da preparação.

Diante disto, é evidente que a aerobiose em jejum é mais eficaz com o objetivo de maior oxidação de gorduras, contudo, o indivíduo sempre deve estar atento para não exagerar no tempo, da intensidade e no uso prolongado desta técnica, afinal todo exagero na vida é desaconselhado.

REFERÊNCIAS

CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica Ilustrada. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 1996.

BOCK, K.; RICHTER, E. A.; RUSSEL, A. P. et al. Exercise in the fasted state facilitates fibre type specific intramyocellular lipid breakdown and stimulates glycogen resynthesis in humans. J Physiol, v. 564, n. 2, p. 649-660, 2005.
PACY, P. J.; BARTON, N.; WEBSTER, J.; GARROW, J. S. The energy cost of aerobic exercise in fed and fasted normal subjects. The American Journal of Clinical Nutrition, p. 764-768, 1985.

CURI, R.; LAGRANHA, C. J.; PROCOPIO, J. Ciclo de Krebs como fator limitante na utilização de ácidos graxos durante o exercício aeróbico. Arq Bras Endocrinol Metab, v.47, n.2, p. 135-143, 2003.

AUER, R. N. Progress review: hypoglycemic brain damage. Stroke, v. 17, n. 4, p. 699-708, 1986.

DE COURTEN-MYERS, G.; HWANG, J. H.; DUNN, R. S.; MILLS, A. S.; HOLLAND, S. K.; WAGNER, K. R.; MYERS, R.E. Hypoglycemic brain injury: potentiation from respiratory depression and injury aggravation from hyperglycemic treatment overshoots. J Cereb Blood Flow Metab, v. 20, n. 1, p. 82-92, 2000.

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Carne em Pó, uma ameaça ao Whey?


Pesquisadores da USP e UNIFESP desenvolveram um suplemento alimentar à base de cortes de carne magra. Conhecida como carne em pó, a mistura é rica em proteínas de alto valor biológico e ferro, e apresenta baixo teor de gordura saturada. O produto foi desenvolvido para pacientes que não podem mastigar comidas sólidas como pacientes com câncer no esôfago, lábio neporiano, cirurgia de redução de estômago e etc.



Cada 100 gramas (g) de carne em pó possui 80g de proteínas de alto valor biológico, quase a mesma quantidade das melhores marcas de Whey. Segundo dados do Inmetro, na mesma quantidade de contra-filé grelhado sem gordura, são encontrados 2,02g e no lombo grelhado sem gordura, 3,30g. A idéia dos pesquisadores é oferecer um produto que possa ser encontrado no mercado a um preço acessível.

A nutricionista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Prieto de Barros, responsável pela ideia do produto, explica que a carne em pó será mais acessível do que os suplementos de proteína disponíveis no mercado, feitos a base de soja, milho, maltodextrinas e aminoácidos sintéticos. “Será, no mínimo, 60% mais barato”, aponta Suely.


Uma indústria de alimentos está elaborando as embalagens e um logotipo para o produto.
O lançamento do produto está previsto para o final deste ano, vamos aguardar, já que apesar do produto ter sido desenvolvido para suprir necessidades de pacientes em pós operatório, nada impede sua utilização como suplemento para complementar a ingestão diária de proteínas, ao menos não foi feito nenhum estudo sobre algum efeito negativo na ingestão da carne em pó apenas como suplementação. O que chama a atenção é a intenção dos pesquisadores em por no mercado um produto de alto valor biológico e de baixo custo.

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Por que utilizar Suplementos?


Hoje em dia, é muito difícil encontrar soluções saudáveis, práticas, saborosas e baratas quando estamos na “rua”. Isto, somando à crescente preocupação com a forma física, e a própria saúde, faz com que o mercado dos suplementos alimentares cresça a níveis cada vez maiores!! E essa grande expansão do mercado de produtos naturais, suplementos nutricionais e complementos alimentares não tem tido a contrapartida de uma informação adequada ao consumidor. O usuário se sente confuso diante da crescente oferta de vitaminas, minerais, microminerais, shakes, cápsulas, pílulas, extratos, misturas de alimentos, compostos para emagrecer ou para ganhar massa muscular… Além disso, contamos também com o surgimento e a veloz expansão do mercado de produtos dietéticos (com linhas de shakes, slim, diet, light) e misturas para atletas.

Para não dizer que estamos falando besteira, gostaríamos de expor o que alguns renomados autores da área de nutrição e fisiologia dizem sobre este assunto:

“A nutrição constitui o alicerce para o desempenho físico e intelectual, pois proporciona o combustível para o trabalho biológico e as substâncias químicas para extrair e utilizar a energia potencial dos alimentos”. (MCARDLE,2001)

“A utilização de suplementos minerais e vitamínicos, principalmente aqueles de origem natural (primários), produz modificações surpreendentes no estado de saúde e tende a melhorar tanto a disposição física, energética e mental quanto a qualidade biológica da vida das pessoas que os consomem de modo adequado”. (BONTEMPO 1997,pag 8 )

As células musculares são compostas de proteína, carboidratos estocados e água. Depois que você quebra as proteínas do tecido muscular (durante exercícios com peso), o corpo procura restaurá-lo com proteínas vindas da dieta. Para que a reparação ou crescimento de tecido possa ocorrer, a proteína deve ser ingerida em intervalos constantes durante o dia. Se isto não ocorrer você irá experimentar nenhum ou muito pouco crescimento muscular.

A proteína é muito importante tanto para as pessoas que querem ganhar massa muscular quanto para as pessoas que querem apenas emagrecer e tonificar os músculos. De um modo geral, os suplementos são utilizados pelos praticantes de atividades físicas com alguns objetivos, como por exemplo:

- melhorar o desempenho esportivo;
- fornecer nutrientes ao organismo, atendendo às necessidades aumentadas pelo exercício;
- compensar dietas ou hábitos alimentares inadequados;
- suprir as necessidades de vitaminas e minerais nas dietas para redução de peso;
- reverter algum tipo de deficiência nutricional;
- oferecer os nutrientes que se apresentam em quantidade insuficiente nos alimentos.

Uma das maiores preocupações dos atletas, sejam eles competitivos ou recreativos, sempre foi e continua sendo a Definição e o Anabolismo Muscular. Sem dúvida, aumentar a massa muscular e diminuir o percentual de gordura é primordial para qualquer atleta de qualquer modalidade; pois quando a técnica empata em alguma modalidade esportiva, vencerá o mais forte.

Tão ou mais importante que ganhar massa muscular magra é manter os ganhos, e não deixar que o corpo degrade o tecido muscular que foi ganho depois de horas de academia. Com esse intuito, elaboramos uma sugestão de suplementação Anticatabólica, para ajudar os atletas que procuram pela pesquisa científica e informações de ponta, para assim atingir suas performances máximas.


ARTIGO ESCRITO POR:
Sérgio Marques Filho – Sócio Gerente – Bio Ativa e MaxMuscle
Jornal Central do Estudante PUCRS – Maio de 2007

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